Vai entender!

Tiveram uma pequena separação, mas agora parecia que estava tudo indo muito bem...

Naquele dia, ela chegara em casa e o encontrou com as malas prontas, parado feito estátua na porta de entrada.
- O que é isso?
- Estou indo embora...
- Ué, para onde? Mas por quê?
- Não sei mais... (uma longa pausa) o que sinto por você!
- Mas não quer nem conversar? Quem sabe você descobre!
- Não adianta, vou embora. Estou só lhe prejudicando...
- Ok, mas não tem nada que eu possa fazer por você?
- Não... Desculpe-me... Tchau.

Deixou as chaves, a abraçou, e foi!
Ela não acreditando, foi revistar todos os armários: de fato, ele levara tudo, TUDO!
O que fazer?
Bem, foi cair de farra na casa dos amigos... Ia se matar por isso???

No dia seguinte, ele liga:
- Vamos ao cinema?
- Ué, mas...
- Vamos ou não?
- Tá, vamos, vem me buscar aqui, estou na casa da Suellen!
- Em meia hora estou aí.

30 minutos depois:
- Sabe, estive pensando, você é a mulher da minha vida, não consigo viver sem você. Te amo. Quero casar, ter filhos, sermos felizes... Taí, acho que é isso que está faltando: um filho!

Ela, feliz da vida, mas com o mesmo ar de quando ele se foi...

Tiveram uma pequena separação, mas agora parecia que estava tudo indo muito bem...

Absurdo ou arte?

Algumas pessoas que se denominam artistas engajados cometem atrocidades em nome dela.
Assim como alguns assassinos, estupradores, ou simples ladrões dizem que fazem o que fazem em nome de Deus, ou melhor, ele quis assim!

Incrível como somos hipócritas, e vemos coisas que nos deixam indignados, mas logo a todo esse sentimento passa, e lá estamos nós, seguindo nossas vidas novamente.
Como diria uma música: "A nossa indignação é uma mosca sem asas que não ultrapassa a janela de nossas casas!!"

Mas pergunto: O que vocês fariam se ao entrar em um museu, se deparam com um ser vivo moribundo?

Vejam a foto, logo explico:

Bem, uma pessoa chamada Guillermo Vargas Habacuc, que também denomina-se artista engajado, criou repulsa, indignação, talvez até incredulidade por parte de algumas pessoas em uma mostra realizada na capital de Nicaragua.
Ao entrar em uma das salas, lia-se "eres lo que lees", ou seja, és o que lê!

Profundo? Talvez, mas o que líamos ali estava escrito com ração de cachorro, e em outra sala encontrava-se o cãozinho da foto acima!

O que me deixou mais indignada não foi o que o "artista" fez em nome da "arte", pois ele provou um ponto, apesar de ter um toque frio e calculista, é a mais pura verdade: o ser humano é tão hipócrita que se choca com um cão moribundo usado para chocar, morrendo de fome diante de todos, mas ninguém faz nada. Nem ali dentro do museu, onde o animal está debaixo do nariz de todos, nem nas ruas!

Ele provou que passamos desapercebidos pelas ridicularidades que os seres vivos são expostos, como a fome, miséria, desabrigo, falta de educação... Mas que só manifestamos solidariedade se jogarem isso em cima de nós!
No fundo, no fundo, acho que é disso que precisamos, deixar as coisas acontecerem sob nossos olhos para nos mexer para algo!!!

Por que ninguém deu comida ao animal, sendo que todos ficaram chocados???
Prefiro acreditar que o propósito do "artista" era justamente esse, ficamos chocadas, com raiva, mas não fazemos nada...
Eu teria pegado a ração que estava escrito a frase e dado ao cachorro, ou teria dado outro jeito, nem que eu fosse expulsa do museu...

Ele provou o ponto!
Mas não acreditei que ninguém fez nada. Pediram pra soltá-lo, mas ninguém tentou ajudá-lo de verdade.

Mas não é isso que fazemos???

(Para mais informações, é só clicar no título)